Tendências de Decoração para 2026: Cores, Materiais e Estilo que vão Dominar!

Com o mundo cada vez mais rápido, polarizado e digital, muitas das tendências de 2026 refletem uma busca por aconchego, autenticidade, conexão com a natureza, além de um pouco de nostalgia reinventada. O contraste entre o tecnológico e o artesanal, o minimalismo e o maximalismo equilibrado, o passado e o futuro — tudo isso vai estar muito presente.

1. Cores e paletas

Tons terrosos quentes continuam dominantes: 

terracota, ocre, camel, caramelo, tons de oliva e marrom avermelhado. Esses trazem sensação de acolhimento. 

Azuis mais suaves, atmosféricos e com profundidade “atmospheric blues” aparecem como contraponto, especialmente para trazer calma. 

Verdes (“playful greens”, verdes oliva, verde-botânico) 

reforçam a tendência de conexão com natureza. 

Pequenos destaques ousados (“bold accents”) — coral, mostarda, plúmbea, tons “infrared coral” 

usados em móveis ou objetos para dar personalidade sem sobrecarregar. 

2. Materiais, texturas e sensações táteis

Valorização de materiais naturais, artesanais & crús: 

madeira bruta, cerâmica não polida, pedra natural, tecidos mais rústicos (linho, tecidos grossos, tramas visíveis). 

Texturas em camadas 

não apenas uma superfície lisa, mas mistura de texturas para estimular os sentidos. 

Toques artesanais ou feitos à mão (“handmade”): 

peças personalizadas, pequeno mobiliário artesanal, superfícies com imperfeições intencionais. 

3. Formas, mobiliário e detalhes de estilo

Formas orgânicas, curvas suaves em móveis, arquiteturas de nichos, arcos, móveis com contornos arredondados. 

“Fat furniture”: 

móveis com proporções mais volumosas, mais confortáveis, estofados generosos. 

Detalhes esculturais ou decorativos: 

painéis de madeira com entalhes ou relevo, dobras de tecido, plissados, acabamentos decorativos sutis mas impactantes. 

4. Estilos, combinações e ambiências

Maximalismo com significado: 

não o maximalismo de “tudo junto e misturado” de qualquer jeito, mas camadas de objetos pessoais, memórias, coleções, arte — criando narrativa no espaço. 

Mistura de vintage / antigo com moderno 

fazer peças com história conviverem com o novo, criando ambientes únicos e com personalidade. 

Estilo “quiet luxury” (luxo discreto): 

menos ostentação, mais atenção à qualidade, materiais nobres, acabamentos bem feitos, detalhes refinados, mas sem se mostrar excessivo. 

5. Iluminação, layout e função

Ambientes que estimulam bem-estar: luz natural valorizada, grandes janelas, integração interior-exterior. 

Iluminação quente, aconchegante, não tão branca ou fria.

Lampadas que criem clima, dimmers, luz indireta.

Layouts mais fluidos: 

menos paredes divisórias, espaços mais flexíveis que possam se adaptar ao dia-a-dia, ao home office, convivência, descanso.

6. Natureza, sustentabilidade e ecologia

Design biofílico: 

incorporar plantas, jardins internos, materiais naturais, vistas  paisagem quando possível. 

Sustentabilidade nos materiais e produção 

uso de madeira de reflorestamento, cerâmica local, objetos feitos à mão, evitar plásticos e materiais sintéticos sempre que possível.

Durabilidade e atemporalidade: 

investir em peças bem feitas que vão durar, não só nas tendências do momento.

7. Cores de destaque divulgadas por fontes especializadas

A Dulux anunciou três tons de azul para 2026 (“Rhythm of Blues”):

Mellow Flow, Slow Swing e Free Groove, cada um com moods distintos — mais suave, acolhedor ou vibrante. 

Dunn‑Edwards listou 17 cores tendência em 2026:

tons fortes + neutros versáteis, inclui amarelo mostarda, roxo profundo, verdes e rosas antigos. 

8. Exemplos práticos de aplicação

Para tornar tudo isso mais concreto, algumas ideias de como aplicar essas tendências em diferentes ambientes:

Sala de estar

Sofá volumoso em tom caramelo ou terracota + poltrona verde oliva + mesa de centro de madeira rústica;

luz indireta;

tapete de trama orgânica; 

quadros pessoais ou objetos vintage importantes.

Cozinha

Armários inferiores em tom moca ou oliva; 

ilha ou bancada destacada com pedra natural ou pedra com veios destacados;

puxadores artesanais; 

iluminação pendente com formas orgânicas; 

objetos de uso à vista como utensílios bonitos.

Quarto

Cabeceira estofada com curvas suaves; 

roupa de cama em linho natural;

paleta térrea com toques de cor em almofadas ou manta;

iluminação com abajures que criam atmosfera acolhedora.

Banheiro

Azulejos tipo artesanal ou zellige; 

metais em acabamento mais quente (latão, bronze envelhecido) ou fosco;

plantas penduradas ou de vaso; 

espelho com moldura suave ou irregular.

9. Desafios e considerações culturais

Em países tropicais como o Brasil, a climatização e ventilação podem condicionar o uso de certos materiais ou acabamentos — por exemplo, madeira densa pode expandir; tecidos muito grossos podem reter calor.

Disponibilidade de matérias-primas locais:

peças artesanais podem variar muito de região para região, o que pode afetar custos e prazos.

Orçamento: algumas tendências exigem investimento (móveis feitos sob medida, materiais premium, iluminação especial). É possível adaptar versões mais acessíveis, mas haverá trocas.

10. Previsão: o que pode se manter além de 2026

*A valorização do artesanal e do feito à mão tende a continuar, com maior apelo pelo local, pela identidade cultural.

*A paleta de cores terrosas + verdes + tons acalmantes provavelmente vai se estabilizar como “o novo neutro”.

*O equilíbrio entre conforto e estética: o “bem-estar em casa” seguirá em alta, com espaços que acolhem, que convidam ao descanso, convivência, regeneração.

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